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    Licenciou-se em Engenharia Química na Universidade de Coimbra e fez Mestrado em Física, Área de Especialização em Ensino, na Universidade do Minho, com a dissertação: Uma análise da literacia científica dos alunos do ensino secundário.

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    Foi docente do ensino secundário entre 1975 e 2000 e diretora do Centro de Formação de Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão entre 2001 e 2012.

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    Coordenou projetos Ciência Viva de que se destacam: A Ciência é Divertida, De Férias com a Ciência, Aprender Física Experimentando, Aprender Química Experimentando. Participou ainda no“Clube de Ciência D. Sancho” e nos projetos “Eletrões em Movimento” e a “A Calha de Ar no Estudo da Mecânica”.

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     Promoveu múltiplas visitas de estudo entre as quais ao Museu da Eletricidade,Instituto Tecnológico Nuclear, Centro de Fusão Nuclear e Instituto de Tecnologia Química e Biológica, Departamentos das Universidades do Porto e de Coimbra e visita ao CERN – Genebra.

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   Foi formadora acreditada pelo Conselho Científico e Pedagógico da Formação Contínua, e de entre as ações de formação que orientou e coorientou, citam-se: Atividades Experimentais no 1º ciclo como Prática Pedagógica Inovadora, Atividades Experimentais no Ensino da Física, Atividades Experimentais na Educação Pré-Escolar: Área do Conhecimento do Mundo,Aprender Ciência… Brincando com Consciência, Cozinhar também é fazer Ciência e o projeto Interrogar a Ciência.

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 A divulgação científica foi um dos seus objetivos, tendo para isso congregado cientistas, escolas e o Centro de Formação.

Criou e organizou os Ciclos de Conferências Cientificas de periocidade anual iniciados em 2010/11 e cuja VIII.ª edição está a decorrer.

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 Para se aprender a pensar é preciso primeiro aprender a dançar. Quem dança com as ideias descobre que pensar é alegria. Se pensar lhe dá tristeza é porque você só sabe marchar, como soldados em ordem unida. Saltar sobre o vazio, pular de pico em pico. Não ter medo da queda. Foi assim que se construiu a ciência: não pela prudência dos que marcham, mas pela ousadia dos que sonham. Todo conhecimento começa com o sonho.” (Rubem Alves)

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E assim começou a aventura do Centro de Formação de Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão atrás do sonho de divulgar junto dos professores e alunos as pesquisas científicas ou iniciativas relevantes da ciência, da tecnologia e da inovação. Em 2010, a professora Cândida Madureira  organizou o I Ciclo de Conferências Científicas conseguindo, com o seu entusiasmo e determinação, convidar individualidades nacionais e internacionais de reconhecido mérito científico e a sua repercussão junto da comunidade educativa impôs a continuidade da sua realização. Este ano realiza-se a VIIª edição, desta vez  com jovens investigadores.

O impacto que estas conferências têm assumido junto dos professores, a avaliação positiva das mesmas e as sugestões de melhoria  levam-nos  a  organizar e propor um encontro de um dia e meio, abordando temas de grande acuidade e atualidade e dando a  conhecer os estudos/investigações que estão a ser efetuados nas Universidades.  A partilha por parte dos cientistas convidados é fulcral, não só pela atualização dos conhecimentos em várias áreas científicas mas também para despertar a curiosidade e o espírito investigativo.


A designação atribuída a este  encontro é um tributo à professora Cândida Madureira pelo seu empenho na divulgação da ciência e pela sua dedicação à formação contínua, nomeadamente na conceção e implementação de inúmeros projetos de formação que pretendiam envolver todas as escolas do concelho de Vila Nova de Famalicão. O projeto Interrogar a Ciência é disso um exemplo  e a concretização do seu sonho.

A Professora Cândida Madureira

dedicou a sua vida profissional à causa da Ciência com o entusiasmo que lhe era peculiar.

A marca que nos deixou faz lembrar a pedra de um edifício que não cede ao tempo, sejam quais forem as intempéries. Com os alunos viajou dentro e fora da sala de aula na nau da Ciência. Ousou percorrer caminhos na didática, que fizeram dela uma referência para os seus pares, granjeando-lhe o respeito e a admiração da comunidade escolar.

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A literacia científica foi razão, desiderato e paixão que a levou a caminhos cada vez mais ousados, mas maduramente dirigidos: se numa primeira fase o desafio era mais circunscrito aos alunos da escola onde exercia a sua docência, o seu horizonte alargou-se aos discentes e docentes desde o pré-escolar ao secundário através da formação para professores e ação direta nas escolas.

Ao assumir a direção do Centro de Formação Júlio Brandão e depois do Centro de Formação de Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão, soube gerar novo desafio maturado por anos de experiência e deu corpo aos ciclos de Conferências Científicas que trouxeram a Famalicão cientistas de reconhecido perfil, fazendo entrar o Centro de Formação e o território famalicense na rota do que de melhor se fazia a nível de divulgação científica e da formação de professores.

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A experimentação, a leitura de artigos científicos na sala de aula foram para ela rotinas a incorporar naturalmente pelos docentes, e direções necessárias do saber e da cidadania, que concretizou numa ação de formação de dimensão concelhia que designou por Interrogar a Ciência.

O laboratório era para a Professora Cândida Madureira um locus de trabalho/acção/reunião, onde as ideias eram pipetas ao serviço da comunidade. Investiu em pequenos laboratórios nas escolas para os alunos dos primeiros escalões de escolaridade e tornou possível o Laboratório Museu da Escola Secundária D. Sancho I em Famalicão que tem o seu nome.

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Ousadia dos que sonham

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